quarta-feira, julho 12, 2006

Formando cidadãos

A partir dos resultados da pesquisa noticiada abaixo, pode-se fazer a pergunta: não seria o caso de introduzir nos currículos escolares disciplina onde cada um dos temas pesquisados, e outros de mesma natureza, seriam explicados e debatidos?

Um dos objetivos de tal iniciativa, é desenvolver nos futuros cidadãos a percepção de que existe uma relação de causa e efeito entre as ações daqueles que detêm o poder de dirigir o país, e de recolher e administrar dinheiro da população. Outro é clarificar o que significam conceitos fundamentais e não dominados pelo homem comum: desenvolvimento econômico, inflação, educação, iniciativa privada, estado, economia de mercado, direito dos cidadãos etc.

Em minha experiência diária, em contato com pessoas de todas os níveis de educação escolar, encontro um total desconhecimento do real significado de ações como por exemplo: privatização e dinamização do setor de telecomunicações no Brasil. Inúmeros outros conceitos existem e precisam ser compreendidos pela maior quantidade possível dos eleitores, para que suas escolhas eleitorais sejam de melhor qualidade.

VAMOS À NOTÍCIA:

Desinteresse nas eleições continua alto e atinge 39,8% das pessoas no pleito deste ano

Valor Online
11/07/2006 17:36


SÃO PAULO - Continua alto o percentual de pessoas que não têm interesse nas eleições para presidente da República. Pesquisa feita neste mês pela CNT/Sensus revela que 39,8% dos entrevistados estão desinteressados no pleito deste ano. Em julho de 2002, essa fatia era de 40,5%

O percentual dos que afirmam ter interesse médio pelo pleito diminuiu de 38,2% em 2002, para 36,4% neste levantamento. Por outro lado, os entrevistados que disseram ter muito interesse em acompanhar os desdobramentos das eleições deste ano formaram uma parcela de 23% do total, uma discreta elevação em relação aos 20,2% apurados em 2002. Os que não sabiam ou não responderam somaram 1%.

Essa tendência é observada também na eleição para governadores. Os muito interessados na campanha, somaram 19,2% das respostas, percentual maior do que os 18,5% verificados em 2002. Na fatia dos que não têm interesse nenhum em acompanhar o pleito, o percentual se manteve inalterado em 44,3%, assim como entre os que mostram interesse médio, cuja oscilação foi de apenas 0,03 ponto percentual no período, para 35,5%. Os 1,1% restantes não sabiam ou não responderam a pergunta.

Quando questionados sobre os critérios que deverão orientar a escolha do presidente da República, 25,4% das pessoas afirmaram que a capacidade de combater a violência e a criminalidade é o principal atributo a ser avaliado nesta eleição. Em junho de 2002, esse mesmo quesito era apontado por 40% dos entrevistados.

O segundo fator de maior peso na escolha do candidato está relacionado com a capacidade de promover o desenvolvimento do país. Esse quesito foi apontado por 21,1% das pessoas ouvidas, seguido de interesse na melhoria dos serviços públicos de educação e saúde, com 17,9% das respostas.

O combate à corrupção é apontado por apenas 13,8% dos entrevistados como um atributo de peso na decisão. O controle da inflação e do custo de vida é o principal critério para escolha de 11,3% dos entrevistados. Outros 10,7% não sabiam ou não responderam a pergunta, percentual bem maior do que os 5,7% registrados em junho do ano passado.

(Valor Online)