sexta-feira, setembro 30, 2005

Incoerência do PCdoB

Creio que maior incoerência é impossível. Chega a ser estarrecedor o que foi publicado ontem no site do PCdoB a respeito da eleição do Aldo Rebelo para a presidência da Câmara dos Deputados é de impressionar o mais desatento dos leitores.

Este é o último parágrafo do texto publicado hoje no seu site.

“O episódio da eleição do deputado pernambucano, em fevereiro, e seu curto mandato de sete meses representaram um episódio na luta pelo poder desencadeada abertamente pela oposição conservadora desde o mês de maio. A eleição de Aldo para ocupar o posto de Severino, na noite do dia 28, é de certa forma o desenlace daquele episódio que esclarece a natureza do confronto que ocorre no país e que, longe de opor - como apregoa a direita e a mídia - mocinhos contra ladrões, contrapõem a direita contra a esquerda. Isto ficou nítido na polarização entre o bloco PSDB/PFL, que apoiou o deputado pefelista pernambucano José Thomaz Nono, contra o candidato das forças democráticas, progressistas e patrióticas, representadas por Aldo Rebelo. Cuja eleição recoloca o confronto num patamar mais elevado e representa um golpe profundo para a direita que, com a crise midiática criada desde as denúncias feitas por seu paladino, o deputado Roberto Jefferson, planejava pavimentar o caminho para a volta dos neoliberais à presidência da República.”

Senão vejamos:

1. “Oposição conservadora”: PSDB como principal adversário deles é um partido social democrata, não representa a direita no Brasil, apenas não comunga com a ideologia estatizante da esquerda radical. Seu pecado foi, embora timidamente, avançar na reforma do Estado, o que é totalmente contra os interesses estatizantes da esquerda.

2. “... como apregoa a direita e a mídia - mocinhos contra ladrões, contrapõem a direita contra a esquerda.”: quem insistentemente apregoa a tal “luta de classes” é o PCdoB – vejam os textos em seu site.

3. “... o candidato das forças democráticas, progressistas e patrióticas, representadas por Aldo Rebelo.” – essas forças são PP, PL, PTB que me parecem ser de direita e todos coniventes com o PT no esquema do mensalão.

4. “... a crise midiática criada desde as denúncias feitas por seu paladino, o deputado Roberto Jefferson, planejava pavimentar o caminho para a volta dos neoliberais à presidência da República.” – não foi a mídia que criou a crise e o Roberto Jefferson fazia parte da base de sustentação do Lula e ex-presidente do PTB que com seus votos ajudou a eleger o Aldo.


O que será excesso de democracia?

Mais uma incompreensível afirmação do presidente Lula. O que será que ele entende por excesso de democracia?

Extraido do O Globo on line - 29/09/2005 - 20h26m

Lula afirma que Venezuela tem democracia em excesso

Eliane Oliveira - O GloboBRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ateceu rasgados elogios a seu colega venezuelano, Hugo Chávez, durante solenidade de assinatura de uma série de convênios firmados pela Petrobras e a PDVSA, companhia petrolífera da Venezuela. Lula lembrou que Chávez era demonizado no Brasil e algumas pessoas chegavam a dizer que, se vencesse a eleição, o presidente seria igual a Chávez. - A Venezuela nunca teve um presidente que tenha usado tão bem os recursos do petróleo para os pobres. O país vive um excesso de democracia- afirmou Lula. Chávez, que ao desembarcar em Brasília aproveitou para fazer o que mais gosta, que é criticar duramente os Estados Unidos, fez um desafio àqueles que duvidam do processo de integração física na América do Sul. - Fracassarão aqueles que tentam conter os ventos da integração. Fracassarão - afirmou Hugo Chávez.

quarta-feira, setembro 28, 2005

Chico Alencar enganou-se.

Em entrevista à jornalista Lydia Medeiros publicada na página 10 do O Globo de 28 de setembro de 2005, o deputado federal Chico Alencar, que está deixando o PT para ingressar no PSOL, afirma em resposta à jornalista que o PSOL não é um partido de extrema esquerda no quadro nacional.

Será que o deputado e a Sra. Lydia Medeiros leram o programa do PSOL, publicado na internet?O mesmo deveria ser feito por todos os jornalistas que trabalham no segmengto político. Trata-se de complemento fundamental à sua formação teórica para exercer a profissão. Dessa maneira estariam prestando um serviço ao povo brasileiro que teria informações corretas no momento de escolher seus candidatos.

Abaixo trechos extraidos do programa citado. No item 2 uma sugestão de retorno ao controle de preços que tanto mal já fez ao país. No mês em curso pesquisas apontam para o crescimento real do salário sem intervenção estatal. No item 8 uma simplificação ao "esquecerem" o processo de criação de riqueza proveniente da iniciativa de diversos segmentos da sociedade, inclusive de imigrantes que continuam chegando pobres e enriquecendo com seu trabalho e iniciativa. Os ricos de "uma hora para outra" são na grande maioria aqueles que se beneficiam dos impostos expropriados dos contribuintes como demonstra o atual escândalo político que assola o país.

Parte III – item 2


Sem recomposição dos salários, não há distribuição de renda efetiva. Defendemos a reposição mensal da inflação e aumentos reais para os salários. Defendemos que os salários sejam capazes de garantir o mínimo necessário para o trabalhador e sua família, tal como diz a Constituição. O controle sobre a produção das grandes empresas mostrará os lucros capitalistas e as possibilidades de aumentos.


Parte III – item 8


Mais do que isso, é preciso reorganizar o conjunto da vida econômica e social do país. Não é possível a produção ser destinada para o lucro em detrimento das necessidades da população. Uma minoria – latifundiários, especuladores, capitalistas e banqueiros – comanda o trabalho dos demais porque detém o controle dos meios de produção: os latifundiários controlam a terra; os capitalistas, os instrumentos de trabalho; os banqueiros, os recursos financeiros. Por isso, eles comandam a vida de todos os que, para trabalhar, precisam ter acesso a terra, instrumentos e recursos. Basta. A sociedade não pode organizar-se em torno do princípio da solidariedade e da igualdade produzir segundo as necessidades da população sem a expropriação desta minoria e o controle da sociedade sobre os grandes meios de produção e de crédito.

Como podem estar juntos PCdoB e PL?

O PL apoia o Aldo Rebelo para eleição da presidência da Câmara dos Deputados. Agora vejam o seguinte: o presidente do PL é o Valdemar da Costa Neto que renunciou para não ser cassado. O dois partidos têm fundamentos ideológicos conflitantes - coloquei alguns exemplos abaixo. Confiram.

1º) Notícia da primeira página do site na internet do PCdoB em 28 de setembro de 2005.


Eleição na Câmara se afunila com apoio do PL a Aldo
Aldo: 'moderação' sem 'covardia'
São dez os candidatos registrados para disputar o cargo de presidente da Câmara dos Deputados na eleição que ocorre às 10 horas desta quarta-feira (28). A pregação por um candidato de consenso não vingou. O PP lançou quatro candidatos e os demais partidos apresentaram candidaturas. Há porém uma expectativa de retirada da candidatura de João Caldas (PL-AL), em função do apoio oficial do PL a Aldo Rebelo (PCdoB-SP).

2º) Crenças do PL.

O Partido Liberal (PL) reconhece o direito à propriedade como natural. Por ser natural é um direito de todos, e a todos deve ser estendido.


Queremos um Brasil livre de qualquer censura social ou política inibidora da invenção e da criação. O estímulo à Cultura e às Artes deve ser permanente, sem paternalismo e sem a interferência do Estado no processo de criação ou consumo do produto cultural. O Homem deve cada dia buscar converter-se à Verdade, e este esforço só é possível em uma sociedade pluralista e aberta a todas as situações de diálogo, sem preconceitos ou radicalismos.
Rejeitamos, então, quaisquer formas de ideologia, exclusivistas, opressoras, com visão global e integral da realidade, dos problemas e das soluções.

3º Crenças do PCdoB.


O PCdoB guia-se pela teoria científica de Marx, Engels, Lênin. Procura aplicá-la criativamente à realidade do Brasil e desenvolvê-la sem cessar.


DO SOCIALISMO UTÓPICO AO SOCIALISMO CIENTIFICO - F. Engels

3. - Revolução proletária, solução das contradições: o proletariado toma o poder político e, por meio dele, converte. em propriedade pública os meios sociais de produção, que escapam das mãos da burguesia. Com esse ato redime os meios de produção da condição decapital, que tinham até então, e dá a seu caráter social plena liberdade para impor-se. A partir de agora já é possível uma produção social segundo um plano previamente elaborado. O desenvolvimento da produção transforma num anacronismo a sobrevivência de classes sociais diversas. A medida que desaparece a anarquia da produção social, vai diluindo-se também a autoridade política do Estado. Os homens, donos por fim de sua própria existência social, tomam-se senhores da natureza, senhores de si mesmos, homens livres.A realização desse ato, que redimirá o mundo, é a missão histórica do proletariado moderno. E o socialismo científico, expressão teórica do movimento proletário, destina-se a pesquisar as condições históricas e, com isso, a natureza mesma desse ato, infundindo assim à classe chamada a fazer essa revolução, à classe hoje oprimida, a consciência das condições e da natureza de sua própria ação.

Escrito por F. Engels em 1877. Publicado como folheto, em francês, emParis (1880), em alemão, em Zurique (1882) e em Berlim (1891), e em inglês, em Londres (1892). Publica-se segundo a edição soviética de1952, de acordo com o texto da edição alemã de 1891. Traduzido do espanhol.

terça-feira, setembro 27, 2005

Veja quem quer acelerar a saida de Lula

Resolução da Executiva Nacional

Transcrito do site abaixo:


Resolução da reunião da Executiva Nacional do P-SOL realizada no dia 18 de agosto de 2005.


Presentes: André Ferrari, Mário Agra, Milton Temer, Silvia Santos, Roberto Robaina, Martiniano Cavalcanti, João Machado, Luciana Genro, Júnia Gouveia, Fernando Silva, Edílson Silva, Gilberto Franca, Geraldo Mesquita, Heloísa Helena e Babá (os três últimos numa parte da reunião)


Resolução Política


Diante da crise que atravessa o país e que tem sido analisada por importantes textos e documentos políticos em circulação no partido, a Executiva Nacional Provisória do P-SOL, reunida em Brasília, deliberou o seguinte:


a) Reafirmar a resolução política da última reunião da Comissão Nacional Provisória, realizada no Rio de Janeiro em 28 de junho de 2005, quando decidimos desencadear uma campanha política com dois eixos fundamentais: Fora todos os corruptos e derrota do plano neoliberal de Lula/FMI. Reafirmamos estas bandeiras e continuamos a exigir a investigação até as últimas conseqüências das denúncias de corrupção, repudiando e denunciando qualquer acordo que vise garantir impunidade para quem quer seja e a continuidade do plano econômico levado a cabo pelo governo, bem como seguimos exigindo a anulação das votações realizadas por um Congresso Nacional envolvido em escândalos de corrupção.


b) Seguir apoiando e impulsionando mobilizações como as realizadas no Rio de Janeiro no dia 28 de julho, no dia 17 de agosto, em Brasília, além das mobilizações que ocorreram em vários estados, como a forte mobilização estudantil de Porto Alegre no dia 11 de agosto.


c) Diante das evidências do envolvimento do presidente da República e de significativa parcela do Congresso Nacional com escândalos de corrupção eleitoral e compra de votos para a aprovação de leis antipopulares, o P-SOL defende, em contraponto ao pacto das elites, a consulta direta à população através de um plebiscito nacional para que o povo decida pela antecipação ou não das eleições de 2006.


d) A posição do P-SOL diante desta questão é pela antecipação das eleições, sob novas regras.
e) Convocar para a segunda quinzena de setembro uma nova reunião da Comissão Nacional Provisória para seguir debatendo a evolução da situação e deliberando sobre a política do partido diante da crise. A data de reunião será definida na próxima reunião da Executiva Nacional a ser realizada ainda em agosto.


Brasília, 18 de agosto de 2005


segunda-feira, setembro 26, 2005

O que explica o crescimento da miséria?

Paulo Guedes cita em sua coluna em O Globo de 26 de setembro de 2005, o texto “As grandes ondas de preços e o ritmo da História” (1996), de David Fischer. O texto abaixo entre aspas não é uma citação integral do conteúdo da coluna e sim um apanhado que objetiva alavancar meu comentário a seguir. Sugiro a leitura da coluna na íntegra.

“Em Chartres, 8 de setembro de 1224, Festival de Nascimento da Virgem, subiam os preços de alguns produtos, os comerciantes de moedas cobravam mais pelos seus serviços, e os salários ficavam para trás.”

“Em 1314 e 1315, o continente europeu é fustigado por uma dramática mudança de clima. O mesmo ocorre em 1316. A destruição das colheitas produz a fome. Fome, epidemia, crimes e, finalmente em 1346, a Peste Negra. Nos anos seguintes, a população da Europa se reduz de 30% a 40%.”

“Na idade média, não se podia atribuir ao capitalismo americano as catástrofes naturais ou as desigualdades. Naquela época a concentração de renda já se mostrava uma tendência.”

Creio ser importante uma reflexão mais profunda dos atuais fenômenos econômicos, fugindo-se da simplificação de que há uma luta entre o bem e o mal. Tal exercício se torna crucial para que saiamos da armadilha em que caímos ao querer buscar um culpado para os problemas que nos aflige, em lugar de entender que há um sistema integrado e extremamente complexo de produção, comercialização, distribuição e consumo de bens e serviços, que distribui desigualmente seus resultados na medida em que existam desequilíbrios nas relações entre as variáveis que compõem o sistema. Uma das questões mais significativas, é o descompasso entre a quantidade de pessoas dispostas e qualificadas à produzir bens e serviços em larga escala, e a crescente pressão por moradia, alimentos, vestuário, transporte, sistemas de saúde e educação, provocada pelas altas taxas de crescimento populacional, principalmente nas camadas mais carentes. A mudança que proponho, visa principalmente evitar a sempre presente busca do "SALVADOR DA PÁTRIA", o que só tem beneficiado os políticos que se valem dessa mística para alcançar os cargos públicos e tratar unicamente dos seus interesses pessoais.

domingo, setembro 25, 2005

Corrupção - de quem é a culpa?

A meu ver existe uma maneira simples de reduzir a corrupção do Estado. Basta reduzir o poder do Estado, que assim seus administradores não terão o que “vender” à iniciativa privada.

Retorno à Estatização

Para quem precisa de mais um motivo para não votar no candidato do PT, e de qualquer partido estatizante (qualquer partido de orientação marxista como PSOL, PPS, PCB, PCdoB) leia a notícia da primeira página de O Globo de hoje, 25/09/2005 sobre a criação de 34 estatais em 33 meses de governo Lula. Mais cabide de empregos e caminhos para a corrupção. Destaque para o Banco Popular que teve prejuízo de R$ 50 milhões e gastou mais em propaganda do que conseguiu emprestar à população de baixa renda, sua finalidade dentro da política de expansão dos financiamentos e do microcrédito.

sexta-feira, setembro 23, 2005

Ilusão - governo não cria emprego

É uma ilusão, habilmente manipulada pelos políticos, acreditar-se que os governos criam empregos. Empregos são criados nas organizações que atendem as necessidades dos indivíduos da sociedade, caso hajam outros indíviduos interessados em criar e administrar tais organizações. No máximo, o Estado, que tem o monopólio da execução de algumas ações dentro da sociedade, pode retirar ou colocar as amarras que atrapalham os empreendedores.

Poder público falido - mais um exemplo

Hoje, 22 de setembro de 2005, no Jornal da Globo da TV Globo foi noticiado o caso de recebimento de diárias irregulares por parte dos vereadores de Tururu (todos) para elegerem o presidente da Câmara de Vereadores da cidade. Esse caso é emblemático por demonstrar o despreparo e o cinismo dos políticos brasileiros. Um deles ao responder uma pergunta do repórter considerou-se honesto apesar de receber os valores irregulares. Considerou normal receber para não viajar. Roubando gente humilde. E o presidente fala que a elite do Brasil é que se aproveita dos pobres.

Governo - pagamos para nada receber ( I )

Em mais uma demonstração da inviabilidade de o poder público resolver questões como sob sua responsabilidade, o Sr. Fernando Avelino, secretário de Habitação do Estado do Rio de Janeiro, escreve uma coluna no jornal O Globo de 22 de setembro de 2005, apontando o problema da falta de moradias e sugerindo urgência na implantação de uma política nacional sob o comando do Ministério das Cidades. É impressionante. Nós pagamos os salários e as despesas de funcionamento de estruturas pesadíssimas voltadas para habitação em três esferas: municipal, estadual e federal. E só vemos as favelas com as respectivas conseqüências desastrosas prosperarem. Até quando pagar para nada receber em troca? Lembram do BNH? Nada funciona quando se trata de poder público. E no final vamos reclamar com quem?

quinta-feira, setembro 22, 2005

CRISE POLÍTICA VERSUS ECONOMIA SAUDÁVEL

Vejo a maior parte da imprensa espantada com o fato de a economia brasileira estar deslanchando enquanto ocorre a maior crise política da nossa república. Eu não me espanto e até entendo que a crise só veio para ajudar. Explico. Enquanto o governo semi-desmantelado ocupa-se em salvar a própria pele, não tem tempo para atrapalhar o Brasil produtivo.

quarta-feira, setembro 21, 2005

O BRASIL TEM JEITO?

Hoje, 21 de setembro de 2005, o antropólogo Roberto DaMatta em sua coluna no jornal O Globo, aponta para uma das grandes diferenças entre as sociedades americana e brasileira, terminando o texto com a expressão: "E depois reclamamos que o Brasil não tem jeito!"


Rememora seu tempo de estudante nos EUA e como ele aprendeu que lá as coisas quase sempre têm um início, um meio e um fim, ao passo que no Brasil temos dificuldades em fechar etapas e acontecimentos.

O MOVIMENTO DOS MINEIROS

Vale a pena acompanhar o movimento dos principais políticos mineiros no geral, e do Itamar Franco e Aécio Neves no particular, pois eles estão se movimentando enquanto as atenções do país estão voltadas para os desdobramentos da crise política.


Hoje (21 de setembro de 2005) no jornal O Globo, Itamar assina coluna que termina lembrando Guimarães Rosa: "Todo caminho da gente é resvaloso, mas cair não prejudica demais, a gente levanta, a gente sobe, a gente volta."


Essa semana, durante entrevista no Boris Casoy , o Aécio demonstrou que está seguindo um caminho diverso do PSDB paulista e muito mais aderente aos companheiros de Minas, independentemente da coloração política. Chegou a afirmar que a escolha do candidato do PSDB a presidente pode até ser de outro estado, mas passa necessariamente por Minas.


José Alencar desfiliou-se do PL essa semana e participou do programa Roda Viva fazendo declarações que deixaram o Planalto desconfiado.

domingo, setembro 18, 2005

CARTA AO VERÍSSIMO - 18/09/2005

Prezado Veríssimo


Considero que você escreve suas colunas dominicais no jornal O Globo visando auxiliar seus leitores na compreensão dos problemas nacionais. Entretanto, entendo que o real problema jamais é focado gerando debates inócuos. Se gasta energia, potencializam-se os conflitos entre irmãos, e não se produz solução alguma. Existe no seu discurso, como no de tantos outros que escrevem e falam sobre os problemas nacionais e mundiais, uma eterna luta entre o bem e o mal, personificados respectivamente no seu entender, entre esquerda e direita. Os males do mundo como a fome e a má distribuição de renda dentre outros, são obra da direita, e o desejo de fazer o bem é exclusivo da esquerda. Portanto, sinto-me à vontade para colocar para sua revisão e análise alguns pontos da sua coluna de 18 de setembro de 2005, além de outros aspectos que considero relevantes.


1. Não deveria ser esclarecido ao leitor quem está se aproveitando do presente vexame petista para pregar e promover o fim da esquerda? Quem é essa direita que vem executando tal barbaridade? Em que momentos isso tem sido feito?


2. Por que você afirma que a direita brasileira considera ser uma DELÍCIA PERDIDA (destaque meu) a existência de pobres resignados? Muito duro e grave isso. De novo, que direita criminosa é essa? Dê os nomes.


3. Por que você considera que a esquerda é a detentora da intenção de contribuir para a eliminação da pobreza? De que maneira concreta a esquerda procura eliminar essa pobreza? Que resultados já obteve?


4. Por que essa visão tão negativa da direita, o que muitas vezes é associado, direta ou indiretamente, aos empresários, à livre iniciativa, ao sistema de mercado de consumo, ao capitalismo, ao neoliberalismo, quando esta é maior parcela da sociedade brasileira que gera os 40% de impostos confiscados da renda gerada por trabalho braçal e intelectual? Confisco esse que deveria ser bem usado para beneficiar principalmente os excluídos do mercado.


5. Você considera Lula vítima do moralismo. Vítima? Creio que o moralismo só poderia vitimar os imorais.


6. Hobsbawm, citado por você, faz história usando o método marxista para análise da história, sempre a partir do princípio da luta de classes. É um direito dele. Essa tem sido a visão da esquerda. Mas que resultados concretos a perpetuação dessa luta traz? Os mais pobres têm se beneficiado? Que tal inovar no Brasil o debate sobre as causas da pobreza, utilizando em lugar da visão da luta de classes, uma visão que busque a conciliação dos interesses de todos os brasileiros? A exclusão de pessoas do mercado produtor-distribuidor-consumidor se dá por uma série de razões, mas não creio que seja um movimento deliberado de parte da sociedade que se satisfaz com a desgraça alheia. Creio que mantido o atual tipo de confronto cada grupo irá progressivamente se fechar no seu mundo aumentando o distanciamento e o ódio mútuo. Como exemplo de malefício dessa lógica insana, aqueles que se valem da sua força física para ganhar o seu sustento, perdem progressivamente seus antigos postos de trabalho, pois a força física vem sendo substituída pela automação, a qual é adotada pelas empresas para atender as demandas dos consumidores, para reduzir a dependência do fator mão-de-obra, e para enfrentar a concorrência. E a coisa não pára por aí, já que existem ações concretas para a substituição do trabalho intelectual. Trata-se da conseqüência da perda da inocência quando Adão comeu o fruto do saber, sem saber como administrar as conseqüências desse ato.


Bem Veríssimo, eu como admirador das idéias liberais, ficarei muito satisfeito se merecer sua atenção. Creio que o mesmo ocorrerá com seus leitores de esquerda que sem dúvida apreciarão seus comentários

Cordiais saudações.

Guilherme Brittes


sexta-feira, setembro 16, 2005

CUIDADO COM A IMPRENSA

Como é do seu estilo eficaz de criar no inconsciente coletivo suas “verdades”, Luiz Veríssimo, na sua coluna no O Globo de 15 de setembro de 2005, defende os intelectuais de esquerda, que segundo ele sofrem o início de um ataque daqueles que dilapidam o patrimônio nacional. É uma confusão a cabeça desse pessoal que se define como intelectual de esquerda. Viram a Marilena Chauí expropriando a favor do PT a herança democrática gerada por Ulisses Guimarães, Franco Montoro, Brizola, Covas, dentre outros? Acho mesmo, que a reação de boa parte da população contra as inverdades da Marilena Chauí motivou a defesa do Veríssimo, já que ele tem o privilégio da banca em um órgão de enorme repercussão junto ao público.

Adicionalmente, na primeira página de O Globo de 16 de setembro de 2005, o Chico Caruso comete sutilmente, o que chamo de um crime ideológico por influenciar diretamente a formação do imaginário popular. Ele na sua charge associa a imagem de Hitler, um dos mais odiados homem do mundo, aos políticos brasileiros que se posicionam do lado da livre iniciativa. Por outro lado associa a imagem de Marx, um intelectual de esquerda crítico dos males do capitalismo aos políticos brasileiros de esquerda, que querem o monopólio da defesa do bem estar da sociedade. Por que o Chico Caruso não associou a direita aos intelectuais que defendem a economia de mercado em lugar de associar à de um criminoso? Por que ele não associou a esquerda ao criminoso Stalin? É necessário alertar os jovens que estão com sua mente em formação sobre esse tipo de campanha. É necessário e urgente trazer o debate para um campo mais limpo.

quarta-feira, setembro 14, 2005

LULA E A FALTA DE COMUNICAÇÃO COM O POVO

O presidente mantem dois posicionamentos distintos quanto à comunicação com o país. Será que é porque existem públicos diferentes? bem que ele poderia esclarecer. Explico. Semanalmente faz seu discurso semanal através de programa radiofônico sem direito a réplicas. Quase nunca expõe-se via uma entrevista coletiva, conversando com os jornalistas, que é o segmento mais qualificado da sociedade para indagar o que esta quer saber.

AFINAL, O PT É OU NÃO INDEPENDENTE DO PLANALTO?

A imprensa noticiou em 13/09/2005 que o PT após reunião no Planalto modificou sua posição de apoiar o afastamento de Severino Cavalcanti. Foram ministros de Lula que trabalharam nesse sentido.

Afinal:

1. O PT é ou não comandado pelo Planalto?
2. Será que dessa vez o presidente também não sabe de nada?
3. O Mensalão foi obra solitária do Delúbio para ajudar o presidente governar com o apoio do Congresso? Mas que homem bom.

LULA E AS PASSAGENS PAGAS

Do jornal O Globo de hoje, página 13, retirei parte do que o presidente Lula afirmou ontem em entrevista a jornalistas na Guatemala: “Até fiquei surpreso com a notícia. Agora, eu estranharia se fosse o PSDB ou o PFL que tivessem pagado a minha passagem, mas o PT tinha mais era obrigação de pagar a minha passagem.”

Bem, aí eu tenho duas perguntas:

1. Se o presidente estranharia se as passagens fossem pagas por outros partidos, qual será sua opinião quanto ao fato de o seu partido haver contraido enormes dívidas junto a bancos para pagar contas de outros partidos?

2. Ele também acha correto que o PT tenha pago as passagens de seus filhos e namoradas para assistir a sua posse como presidente da República, a viagem internacional do marido da Marta Suplicy, Luís Favre, (R$ 42.000,00), e viagem da mulher do José Genoino (R$ 22.828,13)?

segunda-feira, setembro 12, 2005

APOSENTADOS FINANCIAM CRESCIMENTO?

O Jornal O Globo de 10 de setembro de 2005, publica na sua página 24 reportagem com o título: “Crédito para aposentados cresceu 1.345% em 12 meses.”

Cito chamada da página 2 de O Globo: “Levantamento no INSS mostra que os empréstimos com desconto no contracheque de aposentados e pensionistas cresceram 1.345% nos últimos 12 meses e impulsionaram o consumo. O volume de crédito dos bancos para idosos, a juros máximos de 2,5% ao mês, passou de R$ 612 milhões em setembro de 2003 para R$ 8,849 bilhões. Do total de operações, 49% foram feitas por aposentados que recebem até um salário-mínimo.”

Pergunto: como esse pessoal vai viver daqui para frente com mais esse encargo enxertado em seu magérrimo ganho mensal?

O Globo de 1 de setembro de 2005 já havia publicado:

1. O CRÉDITO levantou a economia brasileira no segundo trimestre desse ano;
2. Os números vieram ACIMA DAS EXPECTATIVAS dos analistas.

Pode se observar que todos OS QUE ACOMPANHAM a economia ficaram
SURPRESOS, pois nada apontava para tal crescimento.

Aí vocês podem me perguntar: e daí? Não foi bom? Os aposentados com
dinheiro no bolso e a economia crescendo? Então eu respondo que NÃO.
Observem que parte do crescimento presente está sendo FINANCIADO com
renda FUTURA de quem já não tem grande poder aquisitivo hoje, e que
terá que honrar esses compromissos. Estão queimando combustível que
não têm. Trata-se de uma bomba relógio lançada por esse governo.

Uma preocupação adicional é que se estão utilizando-se desse artifício
é porque a coisa não deve estar tão bem assim.

POLÍTICOS QUALIFICADOS?

A imprensa brasileira noticiou nesse mês de setembro de 2005, que apenas 26% dos brasileiros entre 15 e 64 anos dominam plenamente a leitura, ou seja, compreendem o que se encontra no texto. Durante esses tempos de crise política que vivemos, são inúmeras as demonstrações da existência de políticos incapazes de exercer as funções de representante do povo, com destaque para AQUELES QUE ASSINAM DOCUMENTOS SEM LER.

É reconhecida a necessidade de educar todo o povo brasileiro. Quanto a isso não há a menor dúvida. Mas não conseguimos sair da retórica para a prática. Na melhor das hipóteses, são criados programas com mera finalidade estatística. Entendo que antes de educar todos os brasileiros, temos que “educar” seus representantes, e a melhor forma de fazer isso é escolher os já educados. Àqueles que entenderem essa proposição como uma forma de preconceito, lembro que a prática que sugiro adotar é a mesma que utilizada para fornecer uma carteira de habilitação para um motorista. E não tenho a menor dúvida que “derrapar” com a coisa pública causa muito mais estragos do que derrapar com um automóvel.


Está consagrado que o grande fator crítico de sucesso das empresas privadas é a qualidade das pessoas que para ela trabalham, o que é reconhecido pela maioria esmagadora das empresas, que incentiva ininterruptamente o desenvolvimento de seus funcionários. Não é por acaso que os cursos de MBA constituem um dos negócios que mais cresce no Brasil. Diferentemente disso, para se exercer cargos como os de presidente da república, governadores, prefeitos, deputados federais, deputados estaduais e vereadores, não é necessário provar experiência anterior e capacitação intelectual. E essas pessoas decidem sobre bilhões de reais e sobre questões estratégicas que afetaram nossas vidas por gerações e gerações. Há algo de errado aí.

Não imagino nem defendo adotar na administração do estado todas as práticas do campo privado, mas é possível extrair-se algum benefício fazendo uma singela comparação entre esses dois mundos.

Empresas privadas:

1. Inúmeras empresas vêm aumentando seus lucros trazendo benefícios para seus acionistas;
2. Os acionistas controlam os resultados a cada 3 meses. As empresas que não conseguem lidar com a REALIDADE diante de seus olhos são eliminadas do mercado, dando lugar para outras;
3. A tendência nas empresas é de melhorar seus serviços e produtos através de simplificação nos processos, redução do tamanho, e terceirização;
4. Se o consumidor ficar insatisfeito com o produto ou serviço, pode apelar para a justiça e até mesmo mudar de fornecedor.

Estado:

1. A dívida interna é crescente;
2. O cidadão brasileiro, que é o ACIONISTA desse negócio chamado Brasil, dá carta branca aos seus representantes por longos períodos;
3. A tendência em nosso país, a se manter as práticas atuais, é de crescimento da máquina estatal, tornando-a mais ineficiente, pesada, e péssima prestadora de serviços;
4. Se o cidadão ficar insatisfeito com o que recebe nada pode fazer. Em muitas repartições estatais há avisos nas paredes com ameaça de prisão por desacato. Mudar de país é muito mais complexo que mudar de fornecedor.

Precisamos discutir a questão de direção do estado que cada vez se torna mais complexa. Precisamos encontrar uma saída.

domingo, setembro 11, 2005

DESARMAMENTO, SIM OU NÃO?

Há uma enorme confusão, entre o conceito de desarmamento e o da proibição da comercialização de armas. Essa confusão está induzindo o povo brasileiro a referendar, no próximo dia 23 de outubro de 2005, um erro transformado em lei. A meu ver, essa lei se implantada, aumentará a violência em lugar de diminui-la.

Explico porque penso dessa maneira:

Imagino, que o cenário a partir do primeiro dia após a lei entrar em vigor será o seguinte:

1. Estímulo ao crescimento acelerado do comércio clandestino de armas, para os atuais traficantes de droga, ou outros criminosos especializados, com conseqüente crescimento da violência para o domínio de territórios de comercialização;

2. Compra de armas sem pagamento de impostos e sem registro;

3. Aumento do “custo Brasil” para tentar “coibir” esse novo crime (já sabemos como a polícia irá tratar essa questão). Teremos inúmeras novas delegacias, com inúmeros novos policiais etc etc etc.

Não é esse o caminho. O caminho é o já adotado com campanhas esclarecedoras, levando o cidadão decidir sobre correr ou não o risco de possuir uma arma em casa. Afinal, devemos proibir a condução de veículos automotores por serem causadores de morte? Bobagem pensar nisso não é?

Não é um estado sabidamente incompetente, arvorar-se a vir a controlar a comercialização de armas. Já não o faz com relação a trânsito, drogas, saúde, educação e outras áreas.

POLÍTICA À MODA ANTIGA

A política no Brasil já foi diferente e acredito que possamos retomar os antigos valores. Quando sabemos que os parlamentares ingleses e franceses não têm as mordomias dos nossos ficamos com inveja e nos perguntamos por que a diferença. Hoje, lendo o artigo escrito no jornal O Globo de 10/09/2005 – página 7 - por M. Pio Correa, mais uma vez encontro uma das maiores responsáveis pelas desgraças que assolam nosso país: a transferência da capital da República para Brasília. Cito o articulista:

“A origem de todos os vícios de nossas instituições políticas acha-se, como bem dizia o saudoso Roberto Marinho, na fundação de Brasília, seguramente o projeto mais insensato desde o da Torre de Babel, e na transferência para lá da capital da República.

Além da inflação e da corrupção – dois monstros ali gerados – devemos a essa mudança a deterioração da qualidade de nossos quadros políticos e de seus costumes.

O estilo das Casas do Congresso, no Rio de Janeiro, era um estilo sóbrio, diríamos hoje austero. A própria palavra “mordomia” era desconhecida. Os senadores e deputados não recebiam qualquer auxílio-moradia, cada um se alojava como podia. Recordo-me haver acompanhado meu pai em uma visita a um senador de grande prestígio, que residia em uma pensão de família na Rua do Catete. Não existiam verbas para gabinetes ou assessorias. Automóvel oficial, nem pensar. “Os senhores congressistas se dirigiam para as respectivas casas viajando democraticamente – como ainda hoje se deslocam em ônibus, táxi ou metrô os membros do Parlamento Britânico e os parlamentares franceses, alemães, ou de qualquer grande país.”

PRECISAMOS INICIAR UM MOVIMENTO PARA ELIMINAR ESSAS DIFERENÇAS ENTRE O POVO E SEUS “REPRESENTANTES”.

sexta-feira, setembro 09, 2005

ESTADO BRASILEIRO - HORA DA MUDANÇA

Merecemos respeito? Queremos ser respeitados? Queremos realmente mudar? Por que não mudamos? Nós pagamos a CONTA desse ESTADO que se apropria da renda que obtemos com sacrifício. Pagamos a CONTA e devemos discutir o tamanho de estado que queremos e como ele deve funcionar.

Quando no final do dia uso algum meio de transporte coletivo, tenho pena de alguns semblantes que observo. Parece que tiveram sua energia sugada. Sugada em forma de salários, pensões, aposentadorias, e propinas canalizadas para a conta bancária de outros brasileiros que os exploram.

Por que temos que financiar os privilégios de outros brasileiros na atividade ou inatividade? As reinvidicações de aumento salarial, bem como movimentos de greve dos diversos segmentos do poder público devem ser suspensas até segunda ordem. Os servidores públicos precisam entender que o povo está sacrificando-se para manter os seus empregos. Não podem esticar a corda. Cada aumento de custo do estado deixa algum brasileiro sem saúde ou com fome, ou os dois. Já ouvi ínumeros políticos culparem as elites pelos males do povo brasileiro, mas que elites são essas? O meu palpite vai para o estado e seus funcionários. De carreira ou não. Temporários ou não. Afinal a dívida do estado é para pagar o que? Por que não dissecam essa caixa preta? Temos ou não temos o direito de saber para onde vai o nosso dinheiro?

Temos que discutir o conceito de DIREITO ADQUIRIDO. O único direito adquirido que é exercido nesse país é o de sermos tratados como IDIOTAS que pagam a CONTA, que vêem os corruptos desse país roubar e ficarem impunes, que pagam salários e aposentadorias a servidores que não os servem, que elegem políticos que não os representam e fazem da política o caminho mais curto para enriquecerem.

Temos que limitar o que pode e o que não pode ser feito pelo presidente da república, pelos governadores e prefeitos, pelos parlamentares, e pelos juizes. Temos que informar isso através de METAS NUMÉRICAS. Temos que ir além do que está estabelecido na constituição.

Temos que mudar essa relação existente entre nós e eles. Não somos cidadãos de segunda classe. Não somos colônia de um país estrangeiro.

Temos que imediatamente escolher melhor os que irão trabalhar com a coisa pública. Por que dirigentes de empresas privadas devem ser melhor qualificados do que aqueles que tratam da coisa pública?

Temos que mudar o conceito existente de que política é carreira profissional. Que o indivíduo lá ingressa para ganhar dinheiro e ficar rico. Deve haver rodízio e os ganhos devem ser de tal forma que não agridam os contribuintes.

Gostaria de ver direita, esquerda, e centro em harmonia para fazer essa revolução. O brasileiro deve ser respeitado imediatamente.

DOIS BRASIS

Na verdade existem pelo menos dois Brasis, como já afirmava o sociólogo Jacques Lambert há mais de 60 anos.

Creio que devemos divulgar as duas visões nos orgulhando da primeira e agindo no dia-a-dia para eliminar a segunda. Não podemos nem devemos nos acomodar.

Há um Brasil próspero e avançado como o observado pelo Prof. Marins (Anthropos Consulting):

1. O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial.
2. O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma.
3. Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a cidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária.
4. Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências do mundo: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo.
5. Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautas brasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na América Latina.
6. No Brasil, há 14 fábricas de veículos instaladas e outras 4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma.
7. Das crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos, 97,3% estão estudando.
8. O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês.
9. Na telefonia fixa, o país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas.
10. Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade ISSO 9000, maior número entre países em desenvolvimento. No México, são apenas 300 empresas e 265 na Argentina.
11. O Brasil é o segundo maior mercado de jatos e helicópteros executivos.


Há um do país do atraso (lista preparada por mim):

1. Da corrupção e do jeitinho,
2. Dos políticos que roubam o dinheiro dos seus representados,
3. Do (des) serviço dos políticos, dos policiais, dos médicos, dos professores, dos atendentes nas repartições públicas,
4. Dos privilégios dos servidores públicos quando comparados com os cidadãos que os pagam,
5. Dos que furam fila,
6. Dos que jogam lixo no chão,
7. Dos que urinam na rua,
8. Dos que falam palavrão ou gritam nos locais públicos,
9. Dos que colocam os pés em cima das poltronas nos cinemas,
10. Dos que cortam a sua frente aceleradamente nas ruas,
11. Dos que estacionam carros nas calçadas.